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Scot Consultoria

“Governo mundial” mobiliza Avaaz para aprovar “Corredor Triplo A”


Quarta-feira, 11 de novembro de 2015 - 12h18

Editor e publisher.




Conforme já informei em postagem recente (http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2015/10/a-cop21-vem-ai-e-com-ela-agencia.html), avançam as intenções dos ambientalistas em estabelecer um "Corredor Ecológico" na nossa Amazônia, fruto das "boas intenções" econômicas e de poder dos países do chamado "mundo desenvolvido". 

"Governo mundial" mobiliza Avaaz para aprovar "Corredor Triplo A"

A ONG virtual Avaaz está plenamente engajada em mais uma campanha do aparato ambientalista internacional para engessar o desenvolvimento da Região Amazônica. Com o intuito de mobilizar a opinião pública internacional para pressionar o governo brasileiro e, evidentemente, aumentar a sua receita de doações pela internet, a ONG iniciou um apelo pela criação do chamado "Corredor Triplo A", esdrúxula proposta para a criação de um corredor ecológico de 1,35 milhão de quilômetros quadrados dos territórios amazônicos da Colômbia, Venezuela e Brasil. 

A proposta foi originalmente concebida pelo antropólogo colombiano-estadunidense Martín von Hildebrand, fundador e presidente da Fundación Gaia Amazonas, e endossada pelo presidente colombiano Juan Manuel Santos, que pretende apresentá-la na conferência climática de Paris (COP-21), em dezembro, como parte dos esforços sul-americanos contra as mudanças climáticas. A intenção de Santos era convencer os governos do Brasil e da Venezuela a apoiar a proposta, mas os recentes atritos fronteiriços com o governo de Nicolás Maduro podem prejudicá-la. Por outro lado, a atual fragilidade política da presidente Dilma Rousseff deixa o Brasil ainda mais enfraquecido do que costuma ser diante de semelhante tipo de pressões motivadas por insidiosas iniciativas de "proteção" do meio ambiente e de povos indígenas. 

Sempre pronto para faturar com tais causas, enquanto cumpre o seu papel de linha auxiliar da estrutura de "governo mundial" que controla o movimento ambientalista-indigenista internacional, o fundador e diretor-executivo da Avaaz, Ricken Patel, assina o texto que está sendo enviado por e-mail a milhões de brasileiros, com o pretensioso título "A melhor ideia do mundo". A intenção, além de pedir o endosso dos destinatários, é assegurar doações em dinheiro a mais essa "causa nobre" defendida pela ONG, que, oficialmente, se sustenta com elas (em 2013, segundo informações do seu próprio sítio, a sua receita foi de R$14,647 milhões). 

O texto de Patel é apelativo, mentiroso e verdadeiramente ultrajante para qualquer cidadão brasileiro que preze a sua inteligência, integridade moral e sentido de patriotismo. Ele mistura informações falsas, como a surrada tese de que a Amazônia seria o "pulmão do mundo", produzindo 20% do oxigênio do planeta, com uma cínica descrição da oportunidade que ele e seus mentores do "governo mundial" veem como um momento propício para pressionar o governo brasileiro. Como nenhum resumo faria jus ao descaramento do líder da Avaaz, os leitores são convidados a tirar as suas próprias conclusões, com a advertência de que a as narinas mais sensíveis devem ser protegidas (os grifos são nossos - uma versão reduzida se encontra neste link:

https://secure.avaaz.org/po/save_the_amazon_fr_loc/?cl=8467484712&v=64098&OtherAmount

Vejam os absurdos:

Esta é a melhor ideia do mundo

Sabia que a Amazônia, muitas vezes chamada de "pulmão do mundo", fornece 20% do oxigênio do planeta, abriga 10% da biodiversidade global e, além de ser nossa melhor defesa contra as mudanças climáticas, é o lar de muitos povos indígenas nativos?

Mas, mesmo assim, a floresta está sendo devastada a uma taxa de mais de 16 campos de futebol no tempo que se leva para ler este e-mail.

Estou falando sério.

Como parar um desastre como esses? Bom, a ideia é a seguinte: formar a primeira reserva ecológica transnacional do mundo, ou seja, um gigante parque florestal totalmente protegido! Essa ideia já tem o apoio de um milhão de membros da Avaaz, que assinaram a petição, e até do governo da Colômbia, que faz parte da Amazônia. Agora, só precisamos convencer o Brasil. No momento, a popularidade da presidenta Dilma Rousseff está no ralo e ela precisa de algo para agradar o povo. Os brasileiros amam a Amazônia. E, de acordo com contatos da Avaaz, isso leva a crer que as chances dessa ideia ter apoio popular e se tornar realidade são altas!

A reserva teria o dobro do tamanho da França. Parece sonho, mas falta bem pouco para se concretizar - e seria uma das melhores coisas que já fizemos! Entretanto, assim que a vitória estiver a nosso alcance, as indústrias da pecuária e mineração baterão de frente, usando seus recursos milionários para nos calar. Precisamos fazer barulho e conduzir uma campanha publicitária impecável para convencer a presidenta Dilma a apoiar nosso projeto. Temos que agir agora. Se 50 mil pessoas doarem um valor equivalente a um refrigerante, café ou a uma refeição nas próximas 24 horas, nós conseguiremos arrecadar o suficiente.

Faça uma doação para ajudar a transformar a Amazônia na maior área florestal protegida do mundo!

Depois de pedir as doações, com valores a partir de R$8,00, Paten descreve o modus operandi da campanha (os grifos são do original):

A comunidade da Avaaz no Brasil tem 7 milhões de membros e já estamos trabalhando junto com líderes indígenas neste projeto. Não há ninguém mais bem posicionado do que a comunidade da Avaaz para conduzir uma campanha popular como essa. Mas para garantir que os poderosos ouçam nossas vozes em alto e bom som, silenciando os lobistas, precisamos de fundos para aumentar o volume das nossas vozes usando táticas como:

Propagandas e anúncios publicitários, com apelos emocionantes feito por artistas famosos.

Visitas de líderes indígenas para promover o projeto e encontrar os principais políticos em Brasília e outros locais.

Levar os veículos de imprensa nacionais e internacionais para a Amazônia, a fim de divulgar a reserva ecológica e aumentar a pressão da mídia para aprovarmos este projeto.

Ações e manifestações para engajar mais pessoas e dar o tom da mobilização.

Apelos pessoais direcionados à Dilma da parte de autores e artistas que ela admira.

Uma equipe para acompanhar o processo no Palácio do Planalto e responder rapidamente a cada reviravolta.

Restam apenas três grandes florestas milenares no planeta, a mais importante delas no Brasil. Precisamos da Amazônia para sobreviver, tanto quanto os povos indígenas que vivem lá. Parece bom demais para ser verdade, mas falta pouco para a decisão que pode vir a ser um divisor de águas histórico na longa luta para salvar a Amazônia.

No momento em que escrevemos, mais de 51 mil pessoas já haviam feito doações à "campanha" de Patel (sobre elas, talvez seja oportuno recordar o dito do velho mestre circense Peter T. Barnum - "A cada minuto nasce um otário no mundo").


Quem é Ricken Patel

Ricken Patel, cidadão de nacionalidade canadense, é um típico operativo do aparato de ONGs do Establishment anglo-americano, que constitui o núcleo do "governo mundial". De acordo com o seu currículo, ele é mestre em Políticas Públicas pela Escola de Governo John F. Kennedy da Universidade de Harvard, tem um bacharelado pela Universidade de Oxford e passagens pelo International Crisis Group, Fundação Rockefeller, Fundação Gates, CARE International e International Center for Transitional Justice - todas, instituições diretamente vinculadas aos interesses da oligarquia anglo-americana.

Antes de fundar a Avaaz, em 2006, ele criou as ONGs virtuais MoveOn.org, Res Publica e FaithInPublicLife.org, baseadas na mesma estratégia: mobilizar pessoas de todo o mundo para fazer doações, por meio de campanhas e petições sobre assuntos em destaque.

O currículo informa, também, que ele foi o primeiro de uma turma de 350 alunos em Oxford. Talvez, por se considerar um diferenciado, Patel tenha decidido iniciar uma carreira solo no mundo da militância internacionalista nas causas determinadas pelo Establishment oligárquico. Como presidente da Avaaz, no segundo semestre de 2008, Patel se atribuiu vencimentos de 126 mil dólares, equivalentes a um salário mensal de R$40 mil. Nada mal para um trabalho que consiste em enviar e-mails para os quatro cantos do planeta, para o que não parece precisar de muita ajuda, pois a ONG funciona com um reduzido quadro de funcionários (apenas cinco, até 2010, segundo a prestação de contas daquele ano). O site Avaaz.org está registrado em Paris, em nome de Matt Holland, embora a organização esteja sediada em Nova York. Curiosamente, o nome de Holland sequer consta dentre os membros listados nas prestações de contas da ONG.

No Brasil, a Avaaz já realizou campanhas de assinaturas eletrônicas contra o Código Florestal, a construção de Belo Monte, a remoção da comunidade quilombola Rio dos Macacos nas proximidades da Base Naval de Aratu (BA) e outras iniciativas, com frequência - e não por coincidência - vinculadas a temas de interesse da agenda intervencionista do Establishment.

A Avaaz parece ser uma inovação no mundo das ONGs internacionalistas, combinando o ativismo engajado com um claro propósito de obtenção de polpudos ganhos pessoais por seu criador, Patel. Cabe aos brasileiros colocá-lo no seu devido lugar.

Por Richard Jakubaszko


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